quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Escute o Relógio

A Equipe do Sense Terror não aconselha a fazer quaisquer coisas relatadas no site, e NÃO se responsabilizará por o que venha acontecer se você tentar.



Se quiser perder todo o rastro da realidade e destruir sua sanidade por completo, simplesmente deve escutar o relógio.
Contudo, permita-me dizer, isto não será fácil. Não é algo com o que você deva brincar. É somente uma forma simples de perder cada rastro de sua mente, lá dentro dos confins... Do seu lugar. Para conseguir, tem que seguir algumas regras...

A primeira deve ser, você estar em um quarto sem janela nenhuma. Pode ser um quarto qualquer, só não deve ter janelas.

A segunda é que, pode começar a qualquer hora do dia, inclusive se decidir começar à noite. Este processo durará 24 horas para ser completo.

Terceira, cancele qualquer compromisso que tenha no dia e desligue o telefone. Você não pode ter nenhuma distração.

Quatro, esteja seguro que seja um dia tranquilo, sem ventos ou trovões.

Por último, para terminar isso, deve colocar no quarto escolhido, um relógio. Esse relógio deve ter um distinto “tic-tac” em cada segundo que vá passando e, como única iluminação do lugar, uma vela.
Uma vez que tenha tudo o que é requisitado, quero que faça uma pergunta a si mesmo , e responda com toda a sinceridade: “Quero realmente fazer isso?” Se a resposta for afirmativa, então espero que Deus, Lucifer o qualquer que seja sua crença, tenham piedade de sua alma, porque eu, só estou aqui para lhe preparar.

Muito bem, agora vamos às informações e esclarecimentos. Em meados dos anos 1800, membros radicais das fés cristãs, muçulmanas e islâmicas, usaram isso como uma forma de “conectar-se” com o Deus de cada cultura. Entretanto, isso foi algo desconhecido, devido à sua natureza extrema e por ser um método tão incomum para se conectar ao sobrenatural.

Durante este processo, aquelas pessoas faziam uma oração constante, mas paravam devido aos eventos que se passariam depois. O relógio representava a vida na terra, quão curta pode ser, e a vela representa Deus como a entidade guia que o ser humano pode ter ao longo da vida. Infelizmente, é muito comum que as pessoas que se aventuram neste processo acabem perdendo a sanidade e, ao longo do dia, devido a isso, chegam a perder a vida.

As primeiras 3 horas são as mais leves, principalmente porque nada chega a acontecer realmente. Utilizem este período para se preparar psicologicamente. Essas serão as únicas horas em que podem escolher entre continuar ou abandonar o processo.

Na quarta hora, não poderão escapar sob possibilidade nenhuma. A porta se trancará por si mesma e não há forma de movê-la.

5ª hora: Começará a suar abundantemente e a sentir ansiedade. Poderá ver vultos atrás de você, mas em todas as ocasiões, apenas o nada te acompanhará.

6ª hora: Escutará ruídos. Não serão ruídos da casa ou do lado de fora, mas bastidas e ruídos secos, em intervalos de dez minutos, sendo um mais forte que o anterior.

7ª hora: Desmaiará. Sonhará. Mas, acredite em mim, esta será a única hora agradável durante o processo, já que reviverá os melhores momentos de sua vida. Cada vitória, lembrança boa e cada grande amigo que você teve, aparecerá para você. Este será o melhor sonho que terá em vida, e, se tiver sorte, talvez poderá ver algumas coisas que acontecerão no futuro.

8ª hora: Você acordará no início desta hora. Ao fazê-lo, terá uma sensação de comodidade enorme, talvez similar aos efeitos de fumar maconha. Para alguns, isso também pode ser considerada outra hora agradável do processo, mas, a partir da hora seguinte, se desencadeará o sofrimento.

9ª hora: Para que entenda da maneira mais fácil, nesse momento é como se você trocasse de uma droga para outra. A calma será substituída por uma carga de adrenalina e energia, similar aos efeitos de qualquer droga estimulante (por exemplo, cocaína). Advertência: antes de tudo, você deve manter o controle. É imprescindível que seu controle seja mantido nesse estado, pois não há forma de saber nem dizer o que você fará.

10ª: Com sorte, apenas terá feridas mínimas no corpo, da hora anterior. Agora começará a voltar à normalidade e as emoções se fusionarão. Nesta hora, começará a escutar gritos que parecem vir do outro lado da porta. Tais gritos variam, sendo tanto de uma menininha, como de um homem adulto, entre outros. Eles ocorrem a cada 6 minutos desta hora, que parece uma eternidade.

11ª: Adeus luz de vela. A vela se apagará. Estará na escuridão durante o resto do processo. Geralmente é nesta hora que você pensa que tomou uma decisão terrível.

12ª: Curiosamente, a vela se acenderá sozinha. Não se preocupe, esta será outra hora de silêncio. Aproveite para se preparar psicologicamente para o que virá.

13ª: É provável que o ocorrido na hora 7 volte a acontecer, mas ao contrário. Não espere momentos agradáveis. Neste sonho, reviverá cada momento doloroso, sofrimento e coisas ruins. Inclusive, poderá ver o sofrimento futuro, e, com segurança afirmo, que será o pior sonho que você teve e terá em toda sua vida.

14ª: Acordará para outra hora de silêncio, que só será rompido pelo soluço de seu choro pelo que viu no sonho. Não importa o quão forte você crê que seja, terá a alma cortada em pedações pelo sonho.

15ª hora: Esta parte poderá lhe matar. Aqui, começará a falar com alguém, que apesar de ser invisível, estará ali com você, lhe fazendo companhia. Não tem nome, mas é um tipo de guardião, a quem você poderá chamar de “Protetor”, “Guardião” ou a forma que quiser. Falando assim pode parecer uma coisa boa, porém a primeira coisa que este ser lhe dirá será “Pergunte-me qualquer coisa e te responderei.” Você pode perguntar qualquer coisa de sua vida. O ser lhe responderá com detalhes extremamente precisos, e lhe dará as razões de todos os seus questionamentos, sem se importar que isso implique tragédia, dano, morte (sua ou de outras pessoas), erro ou o que seja. Ao final, se despedirá e irá embora. Aqui você poderá saber, por exemplo, que foi o motivo da morte de uma pessoa que ama. Que destruiu a vida de alguém que talvez você nem conheça. Toda a ideia que você tinha de si mesmo, será derrubada.

16ª hora: Conversará com seus pais, mas eles não estarão presentes fisicamente. Agora é o seu turno de responder perguntas. Lhe perguntarão coisas que fez durante a vida e, se não responder alguma de suas perguntas, será pressionado com dor, até que não aguente mais e responda. No final, se despedirão e irão embora. Por mais difícil que seja, precisa se concentrar e não acreditar que uma hora inteira de tortura física e psicológica estão sendo inflingidas por seus pais. É tudo parte do processo.

17ª hora: Falará com o homem mais importante de sua vida. Pode ser seu melhor amigo, seu pai, o leiteiro, enfim. Lhe perguntará como e por que se conheceram, e como se deu o vínculo de vocês. Tenha em conta que ele não buscará uma conversação agradável. Se você esquecer de um detalhe, uma mínima vírgula de toda sua relação com esta pessoa, será pressionado novamente por meio de dor, até ir embora. A partir daqui a tortura física fica mais intensa e você pode até sentir o desmembramento de si mesmo. Você sentirá toda a dor de um membro sendo cortado, arrancado ou golpeado. Verá seu sangue. Quanto mais desesperado, mais dor lhe é inflingida. Precisa ser muito forte para continuar respondendo as perguntas, ou viverá 60 minutos de uma intensa e insana tortura.

18ª hora: O mesmo que a anterior, mas com a mulher mais importante de sua vida.

19ª hora: Falará com uma pessoa inesperada: você mesmo. Mas no futuro. Acredite, embora você já tenha sentido dor o suficiente, está será a pior conversa que jamais haverá tido. Te dirá coisas que quer e que não quer escutar sobre ti mesmo, e perguntará coisas que não poderá responder. Logo começará a entrar em colapso com você mesmo, gritando com fúria e, provavelmente, o auto-conhecimento seja o único que lhe salve neste momento. Você nunca sabe o que acabará por se tornar no futuro. E se o seu sonho brilhante de se formar e comprar um apartamento, seja interrompido por algum acidente? Cadeira de Rodas? Drogas? Coma? Presídio? Sim, você saberá de tudo. E, provavelmente, não gostará disso.

20ª hora: Após os dolorosos eventos das últimas horas, você começará a se mutilar. Alguns, devo advertir, cometem suicídio neste momento. Não é algo proposital, mas durante 60 minutos você não conseguirá parar de se machucar. Fogo, lâminas, alicates, lixas... Tudo o que você pode imaginar, surgirá na sua frente. É como se você estivesse preso dentro de seu corpo, mas outra pessoa esteja controlando. Você sente a dor, o desespero e tenta lutar. Mas nada adianta.

21ª hora: Se sobreviveu à hora anterior, a música lhe espera. Sim, leu bem, a música. Será música orquestral, algo similar a um coro que canta Cânticos Gregorianos, similar à música de igreja, porém muito mais bonito. No final desta hora, não me pergunte como nem por que, suas feridas saram.

22ª hora: A música acabará. Outra hora de silêncio. Nesta ocasião, você terá tempo para pensar. A luz da vela mudará constantemente a todas as cores do espectro visual.

23ª hora: Você cantará algo similar ao coro anterior, mas não entenderá o que canta. Sua voz será o único que escutará.

Enfim, a 24ª hora. A mais interessante. Uns dizem conversar com Deus, outros com o Demônio, não se sabe o que acontecerá com você. Seu corpo será pressionado ao chão por uma força desconhecida e alguém (ou algo) lhe fará perguntas de dez em dez minutos.

“Você é feliz?” ou “Você gostaria de mudar?” são exemplos de perguntas. Deve responder de forma rápida e concisa. O interrogante soará como um homem, mas sua voz é de um animal. Aterradora, mas de alguma forma agradável. Logo que a hora termina, poderá se colocar em pé e a porta se destrancará. Se tiver sorte, sairá vivo. Se tiver muita sorte, sairá são.

Agora, é você que decide o que fazer com essa informação. Se quiser fazer isso, não será impedido, mas fica um conselho e advertência: há coisas muito além dos terrenos da compreensão humana e, muitas vezes, não há forma de explicar o sobrenatural. Mas, seja o que for, você jamais será o mesmo. É como se prender em uma câmara para sofrer todo tipo de tortura física e psicológica. Você decide.

Se quiser perder todo e qualquer rastro de realidade e destruir sua sanidade mental, apenas escute o relógio.


Tic-tac...


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Não durma

Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos.


Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia.


Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras.


– Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Se não quer vir pra cá, então não durma!


Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta.


– Por que sempre está rindo, se não é feliz?


O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu. Não podia falar. Então virou-se para a frente de novo e recomeçou a andar. Samira o seguiu, mas segundos depois, ele desapareceu. A garota entrou em pânico, olhando a volta à procura de seu guia, mas via apenas as sombras e suas vítimas. Parou, chorando de medo, rezando para acordar, mas continuava ali. Então ouviu os passos. Toc-toc-toc, o som de cascos batendo na pedra e chegando mais perto. O palhaço dos cascos de bode apareceu ao seu lado, com um grande sorriso maldoso.


– Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra.


Samira deu um grito de pavor, dando-lhe as costas e desatando a correr. Forçava-se a ir mais rápido, como nunca em sua vida, mas os cascos estavam sempre próximos a ela. Depois de muito tempo correndo, acabou tropeçando e caiu. Quando levantou o rosto, o Palhaço estava a sua frente.


– Deixe-me ver esses braços. – pediu, antes de segurar seus braços e com as longas unhas, cortar seus pulsos. – Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá.


Quando viu o sangue escorrendo, Samira gritou ainda mais assustada, acordando. Por um segundo pensou que estava a salvo, mas então viu seu lençol manchado de sangue e os pulsos abertos. Seus pais entraram logo depois, e a levaram para o hospital. Os médicos cuidaram dos cortes, e a polícia interpretou aquilo como uma tentativa de suicídio, pois não era possível que alguém tivesse entrado na casa. Ou que um palhaço de seus pesadelos a atacasse em sonhos.


Samira decidiu que nunca mais dormiria, para nunca voltar para aquele mundo de terror. Começou a tomar remédios para manter-se acordada, e nos anos que se seguiram, acabou se viciando neles. Com dezoito anos, não conseguia sair de casa, tampouco cursar a faculdade, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Tudo para ficar longe dos demônios e de seus sorrisos diabólicos. Um dia, ficou sozinha em casa, e ao descer para a cozinha, encontrou o palhaço lá. Estava sonhando acordada.


– Vou esfaquear seus pais. – ele disse, passeando em volta do fogão. – Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai?


Ele começou a rir, enquanto Samira chorou. Correu para o banheiro e abriu a caixa de remédios no chão. Todo o seu conteúdo se espalhou pelo chão, enquanto ela pegava desesperada três potes de pílulas. Entrou na banheira e tomou os remédio de uma vez. Fechou os olhos e nunca mais acordou. Quando seus pais voltaram e a encontraram, pensaram que a filha enfim conseguira se matar, e se sentiram culpados. Mas concordaram que ela estava em um lugar melhor agora, longe de tudo o que a apavorava. Como estavam errados. Eu estou com medo. Voltando para o mundo da escuridão, enquanto alguma coisa arranha a porta do meu quarto tentando entrar, me impedindo de fugir. O Palhaço disse que mereço estar aqui, para que descreva o que vejo pela janela. O que eu vejo são monstros de sombra torturando pessoas, com seus sorrisos malignos. E vejo Samira. Ela me contou sua história quando apareci lá pela primeira vez, vagando por aquele mundo. No começo, eu a achava muito bonita, mas logo apareceu careca e nua, implorando por ajuda. Eu tentei lhe explicar que não podia fazer nada, só podia ir para lá quando dormia, e, não sei explicar, achava que isso deixaria o palhaço furioso. Dias depois, seus olhos haviam sido arrancados.


– Eu quero ver! – ela gritava para mim, mas sem me ver. – Eu preciso da luz! Da luz…


Logo depois, apareceu com sua boca costurada em um sorriso assustador, e nunca mais falou nada. Mas isso já faz muito tempo, agora ela simplesmente vaga, sempre pelo mesmo caminho, mesmo sem ver, levando outras crianças até o palhaço. Elas a seguem, talvez porque sabem que ela um dia já passou por isso. Mas acho que Samira se esqueceu desse tempo. Acho que se acostumou a ser só mais uma criatura amaldiçoada a vagar sem ver, sem pedir ajuda. Condenada a sorrir naquele mundo do mal. O Palhaço diz que vou acabar como ela, se me pegar. Por isso tranco a porta e me escondo na cama. Ouço um rangido de porta sendo aberta. Toc-toc-toc. Viro-me e vejo seu sorriso maligno. Toc-toc-toc. Eu não mereço me transformar em algo como Samira. Toc-toc-toc. A minha história está acabando, mas ainda posso avisá-lo.


Fique longe dos guias. Fique longe da escuridão. Fique longe do Palhaço das Pernas de Bode.


Não durma.

Pensamentos de um suicida

Bom hoje aconteceu de novo, acordei bem até, achei que seria um bom dia, até o momento que retornei para casa, vi que estava acontecendo de novo, entrei em desespero, não podia deixar que isso acontecesse. Não de novo, queria sumir, ir embora, mas não, decidi ficar, espero que eu tenha forças, espero que tudo de certo, espero que isso fique somente como lembranças, ou como minhas ultimas palavras, sei que ninguém irá ler, por isso, estou escrevendo, só para poder tirar um pouco de peso das minhas costas, obrigado aos ouvintes e que vocês fiquem bem e não sigam os meus passos, sejam felizes meus amigos, não deixem que ninguém os atrapalhe em nada em suas vidas mas se atrapalharem não sejam fracos como eu que já estou prestes a desistir de tudo, só esperando o momento certo e sumir disso tudo ... 



"O Pescador"

"Se você já visitou algum site com conteúdo pornográfico, deve conhecer aquelas propagandas no estilo "solteiras gostosas perto de você". Naturalmente, sabe também o quão falsas são essas propagandas , as mulheres que aparecem nas fotos não estão perto de você, só são fotos tirados de sites de prostituição estrangeiros. provavelmente você sabe disso tão bem que não perde seu tempo clicando nessas publicidades.
Entretanto, se você clicar, uma janela de chat se abre e você pode escolher com qual garota quer conversar. No começo, o chat é de graça, mas depois de um tempo você tem que se cadastrar para continuar usando. Então tem que pagar por cada minuto em que estiver falando com uma das garotas que escolher.
Eu sei disso porque sou uma dessas garotas.
Seis anos atrás eu era um estudante sempre sem dinheiro. Meu amigo Josh disse que tinha descoberto um jeito super fácil de conseguir dinheiro. "Não é como se você fosse uma prostituta, ou algo do tipo. É completamente anônimo, eles não sabem com quem estão falando. Na verdade, metade de nós somos homens! Você só tem que fingir que é uma garota. Até que é bem divertido. E as empresas pagam bem, você pode trabalhar direto da sua casa e escolher quantas horas por semana quer trabalhar. Tudo que tem que fazer é conversar sacanagens com caras que nunca vai conhecer na vida real."
No começo eu não estava gostando muito da ideia. Sentia que estava trapaceando. Mas então me perguntei se alguém realmente achava que "solteiras gostosas perto de você" era real. Claro que não. Era tudo uma fantasia. Como se estivesse escrevendo um conto erótico em tempo real. E ser pago pra isso. Então deixei Josh me inscrever.
O sistema era simples. A primeira conversa, a de graça, era automática. Depois que o usuário se inscrevia e começava a pagar, conversava com uma pessoa real (nós, no caso). Nosso trabalho era fazer com que eles ficassem online o maior tempo possível.
No começo era bem divertido. Eu me tornava bem criativo enquanto interpretando "Sally" (uma universitária tímida que estava desesperada por dinheiro), "Kaylee" (uma garota nerd com óculos, muito safada e flexível), e "Rhonda" (uma garota negra gordinha, apaixonada e maternal).
Era hilário e logo parei de sentir vergonha por estar fazendo aquilo. Claramente, meus clientes estavam gostando, e como eu ficava anônimo, não sofria risco nenhum de ferrar com minha carreira futura - com toda certeza não colocaria esse emprego nos meus currículos seguintes. O dinheiro era bem interessante, assim como Josh já tinha me avisado, e como eu podia escolher os horários em que trabalhava, achei ser uma escolha perfeita para alguém como eu, que estudava bastante também.
Mas obviamente existiam pontos ruins. Como você pode imaginar, alguns caras não pegavam leve. Eu não era virgem, mas tive que explorar coisas que eu nem sabia que existia. Haviam alguns que eram extremamente violentos, aqueles que queriam machucar sua parceira (ou ser machucado). Daí existiam caras que queriam que eu interpretasse uma menina de 13 anos. E outros que ainda gostavam de coisas bem mais doentias.
Não acho que seja legal eu reescrever essas coisas aqui, mas quero que você saiba que nem sempre foi um mar de rosas. Algumas conversas eram bastante desconfortáveis e algumas vezes eu não sabia se devia deslogar, dispensar o cliente ou continuar. Mas insistia em falar para mim mesmo que era apenas um tipo de jogo, um jeito inofensivo desses caras realizarem suas fantasias. Era só conversa, eles não estavam machucando ninguém de verdade. As vezes fazia esse tipo de "programa", e o quanto mais eu fazia, mais fácil ficava. Me impressionei comigo mesmo quando me encontrei conversando casualmente sobre sexo com facas e sobre chutar as bolas de outro cara para gerar prazer.
Depois de um ano nesse emprego era muito raro ficar surpreso com alguma coisa. Haviam três tipos principais de clientes: a maioria queria conversar sobre putaria "normal", os solitários que estavam mais precisando de um amigo ou terapeuta (conversavam sobre coisas do cotidiano) e os que eram muito pervertidos. Logo aprendi a lidar com todos eles.
Entretanto, um cara realmente estranho apareceu. Ele não parecia se encaixar em nenhuma das categorias acima. Ele não queria conversar sobre sexo, mas também não se encaixava nos caras solitários. É muito difícil descrevê-lo, então vou tentar reescrever um pouco do que lembro da nossa primeira conversa. Ele se chamava "O pescador". Ele sempre queria conversar com "Rhonda":
Eu: Oi querido. É a Rhonda aqui, como você está?
Ele: Fale comigo.
Eu: Okay... O que você tem em mente? Emoticon wink
Ele: Apenas converse comigo. Não aguento mais essa casa. Não aguento mais essas vozes. Apenas fale qualquer coisa.
Eu: Bem... Você está afim de que? Está bem quente aqui Emoticon wink Quer saber o que eu estou vestindo?
Ele: Não! Não. Só... Fique aqui. Por favor.
Eu: Okay, querido. O que aconteceu? Você está bem?
Ele: Não, eu não estou bem. São essas pessoas. Eles fazem tanto barulho! Não aguento mais.
Eu: Então... você tem colegas de quarto barulhentos?
Ele: Sim! Só quero silêncio. Só quero a porra do meu silêncio.
(Nesse ponto eu estava bastante confuso, mas continuei).
Eu: Talvez você devesse conversar com eles? Falar que você precisa de um pouco de privacidade.
Ele: Não consigo me livrar deles. Sempre tem alguém.
E continuou assim. Logo desenvolvi a ideia de que provavelmente ele não estava completamente são. Pessoas loucas de verdade eram raras nas conversas, mas não inexistentes. Eu não me qualifico como terapeuta, mas dava o meu melhor para fazê-los se sentirem bem.
O Pescador voltava sempre. Eu o reconhecia pelo jeito que escrevia. Usava o chat por horas (nessa época eu comecei a me sentir mal, essa pessoa estava claramente doente e eu estava usando-o em um site pornô para conseguir dinheiro), sempre falando sobre querer silêncio e as pessoas barulhentas em sua casa. Comecei a pensar que não existia ninguém na casa dele - provavelmente era coisa da cabeça dele.
O Pescador virou um cliente tão assíduo que raramente tinha tempo para outros. Ele agendava com Rhonda por horas a fio. Parecia também que não conversava com nenhum outro funcionário além de mim - mesmo quando eles estavam interpretando Rhonda. De algum jeito ele me reconhecia e deslogava quando percebia que era outro funcionário dizendo "Você não é a Rhonda!". Josh começou a fazer piadas dizendo que O Pescador estava perdidamente apaixonado por mim, mas eu não via graça nenhuma naquela situação. Meu trabalho não era mais divertido, tinha me tornado um terapeuta pessoal para uma pessoa aleatória. Perguntei para meu patrão se poderia parar de interpretar Rhonda, mas O Pescador estava dando muito dinheiro para o site e insistiu que eu continuasse.
Então continuei. E para meu pavor, descobri que estava desenvolvimento algum tipo de sentimento por ele. Não algo romântico, nada desse tipo. Mas me pegava pensado quem ele era. Acho que não é possível passar hora e horas conversando com alguém sem criar algum tipo de conexão. Mas ao mesmo tempo conversar com ele me deixava tenso, e ficava feliz por ser apenas "Rhonda" para ele.
Essa foi uma das últimas conversas que tive com ele:
Ele: Não sei como me livrar deles. Não tenho saída. Só quero que vão logo embora.
Eu: Ouça, querido, acho que essas pessoas que você tanto fala... Não acho que sejam reais.
Ele: Eles não são reais?
Eu: Não. Acho que você os inventou. E se eles estão só na sua cabeça, você pode só parar de pensar neles, daí vão desaparecer!
Ele: Posso fazê-los desaparecer?
Eu: Sim, você pode.
Ele: E isso é o que você quer que eu faça, Rhonda? Que eu faça eles desaparecerem?
Eu: Se isso te fazer feliz, sim, querido.
Ele: Você está certa. Posso me livrar deles. Posso fazê-los desaparecer. Eu posso. Obrigada, Rhonda. Eu te amo, Rhonda.
Eu: "Amar" é uma palavra muito forte, querido.
Ele: Vou fazê-los desaparecer agora mesmo.
Ele deslogou. Foi o tempo mais curto que tinha ficado conversando comigo. A conversa me deixou estranhamente preocupado. Sabe, aquela sensação que você sente que fez algo muito errado, mas não consegue definir o que? Me sentia exatamente assim.
Mais tarde naquele mesmo dia ele entrou novamente. Foi a última conversa que tive com ele. E também a última de todas - me demiti logo em seguida.
Ele: Rhonda... O que eu fiz? O que você fez? Por que você me falou para fazer isso?
Eu: Que? Do que você está falando?
(Eu estava tão apavorado que nem entrei no personagem)
Ele: Eu matei todos eles... como você disse que eu tinha que fazer... agora estão todos mortos.
Eu: Não entendi.
Ele: Eles não paravam de falar, depois não paravam de gritar. Continuei e continuei até que eles pararam. E agora só tem silêncio... finalmente meu silêncio.
Eu: Isso está me deixando desconfortável. O que você fez?
Ele: Eu os matei que nem você falou que eu devia fazer. E agora tem sangue pra tudo quanto é lado. Matei minha mulher e meus filhos. Porquê você mandou. É sua culpa.
Eu: Para com isso.
Ele: É sua culpa. Você fez isso. E você vai pagar. Você vai pagar, porra! Rhonda! Vou te encontrar e você vai pagar por isso!
Eu: Vou sair agora.
Ele: Não tente escapar. É sua culpa. Você me fez fazer isso. Esse era seu plano desde o começo. Você que me colocou contra eles. Você fez isso. Você fez isso. Você. Vou te encontrar e fazer você pagar por isso.
Me desconectei. Liguei para Josh e para meu chefe imediatamente e disse que estava me demitindo. Contei honestamente o que tinha acontecido e também que dentro de nenhuma circunstancia eles poderiam dar minha identidade real para ninguém. Fiquei em pânico e Josh teve que vir até minha casa para me acalmar, me assegurando que O Pescador não poderia me encontrar nem se fosse um super hacker, pois meu nome não estavam em nenhum lugar do site.
Meu chefe também me assegurou que a companhia era bem rigorosa com o anonimato de seus empregados. Volta e meia os clientes contatavam a empresa tentando descobrir os nomes reais das pessoas que tinham conversado, mas eles nunca falavam. Faziam isso tanto pela privacidade do empregado e para não quebrar a "ilusão" que o site criava. Meu chefe me explicou diversas vezes que era totalmente seguro e que sentia muito por eu ter que ter passado por aquilo. Ele não queria que eu me demitisse e perguntou se eu queria ficar e apenas não fazer mais o papel de Rhonda, mas eu não quis.
Eu não conseguia parar de pensar no O Pescador e se ele tinha realmente matado alguém, ou se talvez aquilo fosse apenas uma piada de mal gosto. Talvez esse tipo de coisa o excitava? Josh falou que provavelmente era isso mesmo. Fiquei acompanhando os jornais naquela semana, mas nenhum homicídio que foi noticiado se encaixava naquela situação. Considerei ir até a policia, mas eu não sabia nada sobre aquela pessoa. Poderia ser qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Talvez nem estivesse no mesmo país que eu? Ele poderia ser Chinês pelo o que eu sabia.
Uma coisa era certa: Se O Pescador tinha matado alguém, fez de um jeito que não chegou a ser noticiado aonde eu morava. Tentei até procurar no Google coisas como "assassinato de família" naquele dia, mas não achei nada. Josh continuou a trabalhar no site e volta e meia eu perguntava se O Pescador tinha voltado, mas estava desaparecido. Fiquei feliz que aquilo tinha acabado, e com o tempo deixei isso para lá.
Fiquei sem pensar no O Pescador por anos. Até que ontem aconteceu uma coisa que fez isso tudo voltar a minha mente.
Depois de um longo dia de trabalho decidi ir no cinema, sozinho. Só queria um tempo para mim mesmo, sendo que tinha terminado um relacionamento a algumas semanas e tudo estava bastante confuso desde então. Escolhi um filme que já estava a algum tempo em cartaz, assim a sala não estaria cheia. Tive sorte - estava quase vazio quando entrei. Escolhi o melhor lugar (última fileira bem no meio), e comecei a tirar minha jaqueta quando um cara veio até mim.
"Esse lugar está vago?" Falou. Pelo sotaque, pude perceber que ele era estrangeiro. Estava bastante escuro na sala, então não tive como avaliar seu rosto para ver de onde ele parecia ser ou quantos anos tinha.
Fiz que sim com a cabeça e ele se sentou. Fiquei um pouco irritado, o cinema estava quase todo vazio e nesse momento estava afim de ficar sozinho. Tinha que se sentar bem do meu lado? Havia um monte de lugares. Então ele falou de novo.
"Você gosta de filme de terror?"
Sendo que não estava com vontade de fazer amizades naquele momento (e parecia que ele estava dando em cima de mim), educadamente falei que gostaria de ficar sozinho. Ele não respondeu, só pegou um pedaço de papel do seu bolso e começou a escrever ( o que achei ser um número de telefone). Então colocou o pedaço de papel no bolso da minha camisa (o que achei bastante invasivo) e saiu andando. Foi bem estranho. Não mudou de lugar, simplesmente foi embora do cinema. Não assistiu o filme.
Fiquei bastante irritado com aquela situação, mas assim que o filme começou esqueci completamente. Só lembrei novamente do cara esquisito que havia me dado seu número quando cheguei em casa. Peguei o papel do meu bolso para jogar fora, mas antes percebi que não havia números e sim uma frase.
"Te achei, Rhonda. E vou te achar de novo."


Autor do texto desconhecido. A publicação original pode ser encontrada na página Fatos Sobrenaturais: https://www.facebook.com/FatoSobrenaturaisOficial/photos/a.663922507086099.1073741828.663920880419595/890255124452835/

GT do Manicômio

>ano 2015
>era começo de ano 
>eu era um cara normal 
>tinha 17 anos 
>morava em uma cidade extremamente pequena 
>era praticamente uma vila 
>adorava morar aqui 
>a cidade era na beira de uma montanha 
>então eu sempre subia nela e deitava na grama ao lado do rio que descia pela colina
>eu adorava essa cidade 
>era tão tranquila
>fazia calor no verão 
>nevava no inverno 
>as folhas caíram no outono
>e as flores coloriam a primavera 
>o ar era fresco e puro 
>minha casa ficava na subida da montanha
>era o lugar que eu mais gostava 
>assim que eu saia de casa via um pequeno rio e um espaço de grama 
>deitava lá todo dia 
>e um pouco mais pra cima 
>tinha uma velha construção 
>era feita de madeira, era praticamente um labirinto 
>e como esperado pessoas inventam histórias 
>já houveram pessoas mortas lá 
>era tão grande e confuso que pessoas se perdiam e morriam de fome ou sede 
>a construção era originalmente um hospital
>porém o homem que o construía desistiu na metade do processo 
>então o hospital foi aproveitado 
>porém construíram com dois planos de construções diferentes 
>resultando em uma construção complicada cheia de becos sem saída 
>era um labirinto de madeira 
>quando o hospital foi finalmente inaugurado os médicos se perdiam e não conseguiam antender seus pacientes 
>pessoas morriam 
>se perdiam 
>então o hospital fechou 
>e assim continuou por 60 anos 
>dizem que os espíritos dos mortos ficaram lá 
>pois tinham a esperança de que seriam salvos e receberam abandono como resposta 
>foram deixados para morrer 
>bom, isso não importa muito 
>já faz muito tempo 
>é apenas um dia normal 
>estou deitado na grama como sempre vendo as estrelas que apareciam 
>pouco a pouco elas se mostravam 
>uma coisa se mechando chama minha atenção 
>eu a vejo 
>na ponta do velho hospital
>uma sombra 
>alguém tinha se perdido? 
>já tinha ido naquele lugar antes eu até que conhecia bem 
>resolvo ver oque era aquilo 
>entro no hospital 
>já estava ficando escuro 
>o sol estava se pondo deixando uma luz vermelha sob a madeira 
>entro 
>janelas quebradas 
>salas vazias 
>tudo estava caindo aos pedaços 
>todos os lugares eram parecidos 
>ando por uns cinco minutos 
>estou no corredor principal ele é mais largo que os outros
>então eu vejo no final 
>alguém 
>ou alguma coisa 
>não era grande 
>era totalmente escura com cabelos que cobriam parte do rosto
>seus membros eram podres e escuros
>algum líquido preto pingava de seu corpo 
>tinha olhos grandes e vermelhos
>e tinha um sorriso enorme totalmente assustador 
>em ambas as mãos tinham garras grandes 
>então ela olhou pra mim e sorriu exibindo seus dentes afiados 
>o sorriso se estendia de orelha a olrelha 
>um sorriso que eu nunca me esqueceria 
>era a coisa mais horrenda que eu já tinha visto 
>então ela começa a andar em minha direção em pequenos passos 
>não conseguia vê-la direito pois estava muito mal iluminado 
>e eu estava paralisado de medo 
>"vamos se mecha"
>ela chega mais perto 
>"por favor se mecha"
>digo chorando 
>ela chega mais perto ainda
>os dentes estão a centímetros de mim 
>consigo sentir o cheiro de podre 
>meu corpo sua e treme
>então ela abre a boca 
>grito com todas as minhas forças 
>ela faz o mesmo com uma voz contorcida e distorcida 
>pareciam várias pessoas gritando 
>volto a mim 
>saio correndo 
>posso ouvir os passos dela quebrando o chão enquanto corro 
>ela está logo atras 
>não vou olhar 
>não quero olhar 
>isso não pode ser real 
>não é real 
>vejo a porta da saida
>corro rápido até ela 
>abro com todas as forças 
>e me atiro pra fora 
>......
>oque?
>ei....
>isso era pra dar na saída 
>então porque?
>PORQUE TEM UM CORREDOR AQUI 
>EU TENHO CERTEZA 
>AQUI ERA A SAÍDA
>minha mente desaba
>fecho a porta 
>sinto algo atras de mim 
>eu vou morrer 
>olho devagar pra trás 
>não queria virar 
>então vejo 
>uma garota
>oque? 
>era pálida
>tinha longos cabelos pretos 
>bochechas levemente vermelhas 
>e olhos mortos 
>"uhh... você está perdido?"
>ela tinha uma voz confortável 
>não sei explicar
>"....eu... ah... tinha um..."
>"shhhh tudo bem"
>"esse lugar é estranho, provavelmente você viu um vulto"
>"não... era bem real"
>"hmmmmm... a quanto tempo você está aqui?"
>"olho no meu relógio 
>já tinham se passado 8 horas 
>como assim??
>eu não tava aqui há tanto tempo
>não tinha dormido a noite toda 
>"acho que você viu coisas"
>ela ri 
>será?
>"bom, já está ficando claro, acho melhor você ir"
>ela abre a porta a qual eu fechara 
>e apos ela estava a descida da colina 
>......
>"não quer ir embora?"
>ela ri 
>levanto rápido e dou uma última olhada para dentro 
>"você não vem?"
>ela olha para baixo e sorri 
>"não, estou procurando alguém"
>tento convencê-la mas ela já tinha quase fechado a porta 
>"EI..."
>ela segura 
>"qual o seu nome?"
>"meu nome?"
>"hmmmmm........"
>ela sorri
>"eu te digo amanhã"
>wtf 
>nem fodendo eu volto lá 
>ela fecha a porta 
>desco a colina 
>já é de manhã 
>apenas me deito e apago 
>dia seguinte 
>acordo lembrando da noite passada
>será que a garota tinha saído?
>lembro da criatura 
>aquela pele podre 
>os dentes afiados
>os olhos vermelhos 
>não queria voltar lá 
>minha mãe me chama para almoçar
>resolvo perguntar pra ela a história do hospital 
>"que hospital?"
>ué 
>"o de cima da montanha oras"
>ela me olha com cara de triste 
>"meu filho aquilo não é um hospital"
>heim?
>"aquilo era um manicômio"
>"mas as pessoas começaram a usar ele para despejar as pessoas que não queriam soltas"
>"políticos honestos, pessoas que desafiavam os ricos e gente desse tipo"
>"as pessoas simplesmente jogavam outras pessoas lá e as deixavam para morrer"
>"os médicos de lá tratavam todos como loucos"
>"varias pessoas morreram de fome ou torturadas"
>"há lendas de que houveram experimentos com humanos lá"
>"dizem que os espíritos continuam lá até hoje, então meu filho não vá lá"
>ela aperta minha mão 
>"por favor"
>eu nunca tinha visto ela assim 
>"tudo bem"
>almoço 
>morava apenas com a minha mãe 
>dia normal 
>vou pra escola 
>encontro meus amigos 
>dia passa 
>fim do dia 
>o mesmo por do sol vermelho 
>a mesma colina 
>e o mesmo vulto no velho manicômio 
>eu não deveria... 
>mas estava curioso demais 
>resolvo ir 
>abro a porta da frente 
>e lá estava ela 
>"hmmm... não achei que você voltaria"
>ela se aproxima sorrindo
>"vim ver se você estava bem, sabe... esse lugar é pior do que você imagina"
>"eu sem muito bem que lugar é esse"
>ela sempre sorria 
>"então porque vem aqui?"
>"já disse, estou procurando uma coisa"
>"mas oqu-"
>"ei, vamos fazer algo legal?"
>"heim?"
>"vem, vou te mostrar o resto desse lugar"
>então ela me levou para dentro 
>conversamos muito 
>ela disse que estava procurando sobre a história das pessoas que haviam morrido ali
>ela não frequentava escola e morava um pouco acima de mim na colina
>disse que sua casa era em cima do manicômio 
>wtf
>apesar do lugar ser extremamente sombrio 
>era como se fosse uma mansão só pra nós 
>era divertido estar com ela 
>resolvo ir, já tinham se passado horas 
>"te vejo amanhã?"
>ela sorri
>"claro"
>saio 
>resolvo perguntar o nome dela antes de sair
>mas quando olho pra trás 
>vejo atrás dela 
>aquela coisa 
>com aquele sorriso 
>e aqueles olhos 
>aquilo puxa ela pra trás 
>corro para tentar ajudá-la 
>mas a porta se fecha 
>sangue começa a escorrer por baixo da porta 
>"não.... NAO NAO NAO NAO"
>corro até em casa 
>não podia falar para a minha mãe 
>ela não iria para aquele lugar 
>pensei em chamar a polícia 
>mas eles levariam horas 
>não sabia oque fazer
>resolvo voltar 
>estava com medo 
>mas prescisava ajudá-la 
>chego lá 
>abro a porta devagar 
>não vejo nada 
>o sangue continuava lá 
>entro 
>deixo a porta aberta 
>meus passos ecoavam nos corredores 
>assim como a madeira gritando junto 
>passo vários corredores 
>então vejo ela 
>encostada em um canto 
>chorando 
>"caralho você ta bem? eu vi sangue na saída, oque era aquela coisa?"
>ela treme e me olha 
>"ta tudo bem.... eu não tô machucada....eu... eu só não quero.."
>ela chora 
>"eu só não quero mais ver aquilo.. eu cansei de ficar sosinha..."
>"tudo bem, você pode vir pra minha casa eu explico tudo..."
>ela chora mais 
>"não eu não posso... eu quero muito eu juro mas eu não posso"
>"mas porque?"
>então eu sinto um leve frio nas minhas costas 
>"você tem que fugir"
>congelo 
>"por favor sai daqui"
>olho com dificuldade pra trás 
>lá estava mas uma vez 
>aquela coisa 
>"por favor eu não quero que você veja isso" 
>aquilo pôs suas mãos em mim 
>e me atirou para o lado 
>então se dirigiu para a garota 
>"POR FAVOR NÃO OLHA ISSO"
>ela fica as unhas em sua barriga e a levanta 
>então morde seu pescoço e arranca uma parte dele
>ela empurra sua cabeça contra a parede várias vezes 
>a esfaqueia com as garras
>ela cava na sua barriga arrancando tudo de lá 
>eu não conseguia me mecher 
>era demais pra mim 
>o corpo da garota olha pra mim 
>então ela fala 
>"por favor vai embora"
>como ela tava viva???
>com a pouca coragem que me restava joguei um pedaço de madeira naquela coisa
>ela para 
>vira o rosto devagar para mim 
>fudeu muito 
>então ela sorri 
>coberta de sangue 
>e sai 
>sem fazer mais nada 
>o corredor antes marrom agora era vermelho 
>haviam órgãos espalhados por todos os lados 
>pelo menos pedaços deles 
>me aproximo da garota 
>"ei.... ei.. não va agora"
>era idiota, ela estava aberta mas não conseguia aceitar 
>"por favor"
>então percebo 
>o corpo dela não estava mais lá 
>mas... 
>algo me toca 
>"ei..... tudo bem?"
>oque??????
>a garota estava atrás de mim 
>"mas....."
>ela me abraça 
>ela era gelada
>"desculpa.... não queria que você descobrisse assim"
>"meu nome é mia, eu morri neste lugar há 64 anos atrás"
>"não..."
>não queria acreditar 
>mas tinha acontecido tudo na minha frente 
>eu vi ela morrer 
>eu vi seu sangue jorrar 
>eu vi seus órgãos saírem 
>eu vi ela fechar os olhos 
>estava com medo demais 
>"você vai me matar?"
>então ela me aperta mais 
>"desculpe....mas ninguém pode saber disso"
>"não era pra você descobrir"
>tento me soltar mas era inútil 
>ela me joga sentado contra a parede e me segura com os braços 
>"eu prometo ser rápida então apenas feche os olhos..."
>fecho 
>"só vai doer um pouco... então podemos ficar juntos por muito tempo"
>"você não precisará voltar pra casa"
>"nem comer, nem dormir, apenas aproveitar"
>estou tremendo 
>sinto a mão dela correr do meu peito para o meu rosto 
>então ela fez 
>sinto algo em minha boca 
>ELA TINHA ME BEIJADO??
>abro os olhos e encontro os dela 
>ela me empurra no chão e continua
>oque ta acontecendo? 
>então ela solta a minha boca 
>"porque?"
>ela começa a rir 
>quase morreu rir
>não pera
>"você realmente achou que eu ia te matar?"
>ela cai se contorcendo de tanto rir 
>vaca
>empurro ela 
>rimos 
>conversamos muito depois disso 
>sobre o porque ela estar lá 
>ela diz que não se lembra de sua morte e que talvez prescisava saber 
>e conversamos sobre a coisa 
>ela chama de "a sombra"
>aquilo basicamente a matava ou torturava ela quase todo o dia 
>era basicamente um passatempo e ela não sabia o motivo 
>talvez estivesse relacionado a história de como eles morreram 
>resolvo ajudá-la, afinal.. acho que gostava dela 
>passamos o dia conversando denovo 
>o tempo parecia parar quando estava com ela 
>já era hora de ir 
>ela se despede com um beijo 
>resolvo pesquisar sobre oque aconteceu neste lugar, talvez conseguisse mandar a sombra pra longe
>chego em casa 
>pergunto pra minha mãe se ela sabe de algo do antigo manicômio 
>então ela desabafa 
>"você viu ela, não é?"
>não sabia se falava da mia ou da sombra então apenas concordei 
>"filho tem algo de errado com aquela garota, há muito tempo atrás eu a conheci"
>"ela parece ser gentil e uma ótima pessoa mas ela esconde algo"
>"meu filho ninguém morto continua na terra por um motivo bom"
>"bom, você já é maduro o suficiente pra tomar suas próprias decisões, mas por favor tome cuidado"
>eu sabia no fundo 
>mia era um fantasma 
>uma assombração 
>uma alma que por sofrimento não subiu ou desceu 
>mas ela nunca tentara me machucar ou algo do tipo até então 
>decido ir procurar algo na cidade 
>lembro do pai de um dos meus amigos 
>ele fora internado no pequeno período em que o lugar funcionou 
>resolvo falar com ele 
>falei pro meu amigo que queria expulsar um demônio pra salvar minha namorada fantasma 
>não, não falei mas ia ser engraçado 
>antes de ir avisaria mia 
>subo a colina 
>porta fechada 
>sangue 
>caralho denovo 
>corro pra dentro 
>procuro por ela 
>corredor principal
>nada 
>salas dos corredores 
>nada
>entro cada vez mais 
>estou desesperado
>prescisa a encontrar ela 
>não queira a ver sofrer mais 
>enfim as encontro 
>os gritos de mia agora podiam ser ouvidos da entrada 
>a sombra segurava ela pela perna 
>estava quebrando suas costelas expostas pelo peito totalmente aberto 
>"mia...." lágrimas escorrem 
>ela sorri, como sempre 
>caio de joelhos 
>a sombra continua quebrando suas pernas, depois braços, parte após parte
>ela se esforçava para não gritar 
>eu também 
>não podia fazer nada denovo 
>prescisava viver para podermos nos livrar dessa sombra 
>finalmente o corpo "morto" se transforma em puro sangue 
>não era mais um corpo, apenas um amontoado de ossos com carne e sangue 
>sinto uma mão atras de mim 
>mia 
>ela tremia e chorava, tanto quanto eu 
>abraço-a 
>a sombra vai para outro lado 
>"eu vou te tirar daqui"
>levo ela até a saída 
>andamos até a minha casa 
>ela pode sair de lá mas não muito mais longe 
>minha casa era muito perto daquele lugar, então ela podia andar até lá 
>a boto deitada na minha cama 
>minha mãe não poderia saber disso 
>"apenas durma, não vou te deixar com
aquela coisa"
>ela não disse nada 
>compreendo 
>apenas me deito abraçado com ela 
>manhã 
>acordo com ela chorando 
>oque?
>"ei mia oque aconteceu"
>ela me olha desesperada 
>"por favor me desculpa"
>?
>a porta do quarto estava aberta 
>assim como a da minha mãe 
>levanto e ando até lá 
>os choros ecoam pela casa 
>"mae?"
>la estava 
>a minha mãe e a sombra 
>ela estava esquartejada 
>sua cama branca agora vermelha transbordava sangue 
>"MAE NAAO"
>a sombra sorria 
>não me conti 
>nessa hora a raiva tomou conta de mim 
>pego uma peça de porcelana a quebro eu vou pra cima da sombra 
>mia entra
>"NÃO, NÃO FAÇA ISSO"
>era tarde 
>eu arranco um pedaço do rosto da sombra 
>então ela sorri 
>ela começa a rir com aquela voz distorcida de várias pessoas 
>"HAHAHAHAHAHA, AH MEU JOVEM EU ESTAVA AGUARDANDO POR ISSO"
>dou um passo pra trás 
>"ATÉ AGORA EU NÃO TINHA MOTIVOS PRA TE MACHUCAR MAS AGORA...HAHAHAH 
>"AGORA....."
>"NÃO ESPERA"
>mia interrompe 
>"por favor não faça nada com ele"
>ela tremia de medo 
>"OH MINHA DOCE CRIANÇA, POR QUE?"
>"ELE JÁ DEVE ODIA-LA A ESTE PONTO"
>"VOCÊ FALOU QUE SABIA QUE ISSO PODERIA ACONTECER?"
>oque?
>"mia você..."
>"desculpa.... eu sabia.. mas não achei que ela realmente viria.."
>"eu estou cansada.... isso acontece há 60 anos.... eu não aguento mais..."
>então a sombra joga mia para o lado e se dirige à mim 
>"NÃO ESPERA... EU.. EU TE DOU UMA SEMANA"
>a sombra para
>olha com um sorriso para ela 
>"você tem uma semana, eu não vou correr ou me esconder"
>"você pode me matar quantas vezes quiser por uma semana"
>"mia não faz isso"
>"não... eu já te fiz sofrer demais... a gente deveria parar de se ver... tudo foi um erro"
>"desculpe... não volte mais aquele lugar"
>"mas mia.."
>então as duas desaparecem num piscar de olhos 
>"MIA!!"
>queria ir atras dela 
>mas tinha coisas mais importantes 
>tinha que cuidar do funeral da minha mãe e explicar oque aconteceu 
>tudo levou 3 dias 
>o funeral era hoje 
>as pessoas começam a chegar 
>a casa está lotada neste momento 
>todos me cumprimentam 
>olho para minha mãe e penso 
>eu deveria ter tomado mais cuidado 
>deveria ter te ouvido mãe....
>um velho senhor vem falar comigo 
>pergunta quem fez isso 
>acho que deve ser o pai do meu amigo 
>contei o mesmo que contei para os policiais 
>alguém arrombou a casa e fez isso enquanto eu estava fora 
>colou 
>cidade pequena
>"isso parece obra dela"
>"dela quem?" pergunto 
>"venha aqui garoto, vou te contar uma história"
>"já faz mais de 60 anos mas aquele manicômio é uma prisão para as almas"
>"quando fui internado por motivos necessários eu pude ver o desastre do lugar"
>"médicos famosos iam até lá pois podiam livremente brincar com os espécimes"
>"todos os dias alguém era torturado ou morto"
>"ao total morreram cerca de 24 pessoas morreram lá"
>"porém, mesmo nos dias mais sombrios, haviam almas caridosas pra nos confortar"
>"era uma garota um pouco mais nova que você"
>mia...
>"ela mantia nossa sanidade e esperanças"
>"dizia que um dia sairíamos de lá"
>"ela trazia conforto para todos"
>"porém todos os 24 pacientes os quais ela cuidava morreram ao longo do tempo"
>"então por fim, a garota falecera após o último paciente morrer"
>"sem explicações"
>"tempos depois o hospital foi fechado"
>"porém as almas ficaram...não é?"
>ele sorri 
>concordei
>"meu filho, o laço que essa criatura tem com a garota é um laço de conforto"
>"para essa coisa ela é apenas um brinquedo para satisfazer sua agonia e sofrimento"
>"e esse sentimento era tão forte que fixou a alma dela naquele lugar" 
>"então como eu posso me livrar dela?"
>"há dois jeitos"
>"você pode fazê-las aceitarem sua morte.. oque pode ser um pouco complicado."
>"ou queime os restos físicos"
>"o fogo purifica a alma"
>"mas onde posso achar os restos deles?"
>"quando eu saí do manicômio eu vi.. e uma sala com uma cruz preta"
>"ache ela garoto, aliás, aquilo já pode te tocar?"
>confirmo 
>"ah entendo... então você tem um problema.."
>"bom, creio que isso foi de boa ajuda, boa sorte garoto"
>o funeral acaba 
>o corpo e levado 
>e eu tinha uma tarefa nova
>salvar mia e libertar as almas 
>me preparei logo no dia seguinte 
>gasolina 
>isqueiro 
>e pronto 
>dou uma umtima olhada na casa 
>talvez fosse a última vez que a veria 
>então entro na construção 
>devagar 
>podia ouvir gritos ecoando 
>mia... me aguarde 
>já fazem 4 dias que ela está sendo torturada sem parar 
>me apresso 
>começo a procurar a sala com a cruz preta
>vou pelos corredores que conheço 
>nunca tinha visto essa sala antes
>entro em áreas novas 
>corredores começam a ter fotos 
>pacientes 
>eles estavam em estado miserável 
>após algumas fotos, vi a foto do senhor 
>ele parecia bem na foto 
>logo após ele vinha mia 
>ela era linda 
>os mesmos cabelos longos e pretos 
>as bochechas levemente rosas 
>e o mesmo olhar morto 
>que de algum modo era atraente 
>continuo procurando 
>as salas vão ficando mais estranhas 
>portas fechadas 
>com cadeados 
>e no fim do corredor 
>la estava 
>a cruz preta 
>estava com um cadeado 
>simplesmente chuto a porta 
>a madeira estava podre 
>começa a ceder 
>mais um chute 
>quase 
>no terceiro quase quebrou 
>mas oque quase quebrou foi a minha perna 
>a sombra agarrara ela 
>me joga para longe 
>"FIQUE LONGE DESTA SALA"
>alguém me levanta 
>oque??
>era o senhor do funeral 
>"vamos garoto, falta pouco"
>"SENHOR, O SENHOR TEM QUE SAIR DAQUI É PERIGOSO DEMAIS"
>ele ri 
>e então começa a andar na direção da sombra 
>"oh lucy.... olhe para você... você não é assim... você é uma boa pessoa.."
>"você ao menos lembra de mim?"
>a sombra manteve o foco nele 
>comecei a andar em direção à porta 
>"oh lucy minha querida... eu tentei te dar o meu coração.."
>"mas o médico nunca veio afinal não?"
>ele chora 
>"porem ainda assim alguém levou o meu"
>ele abre sua camisa e revela um buraco onde deveria estar seu coração 
>"lucy eu não posso descansar enquanto você estiver assim"
>então nem todos eram ruins....
>arrombo a porta 
>a sombra tenta me impedir mas o senhor a segura 
>o senhor segura a sombra por uns minutos 
>rapidamente procuro os restos em todo o lugar 
>acho os ossos todos juntos em um compartimento 
>jogo gasolina
>e o isqueiro 
>fogo preto começa a queimá-los 
>ao mesmo tempo a sombra começa a se contorcer 
>o senhor continua falando 
>"oh lucy me desculpe, só vai doer agora... mas a partir de hoje podemos ir não é?"
>a sobra de contorcia 
>seus membros começam a cair 
>o liquido preto a cobria por inteiro
>ela estava se despedaçando 
>o mesmo fogo preto agora rodeava seu corpo podre 
>almas começam a sair da boca dela 
>uma a uma, todas as 24 
>por fim à sombra se despedaça por
completo 
>algumas das almas tomam formas e vão para lugares diferentes 
>então uma senhora se junta ao senhor 
>"oh lucy.. como é bom te ver..."
>ele olha para mim 
>"obrigado garoto...." 
>e eles desaparecem 
>mia 
>corro por todos os lados 
>não a achava 
>"MIAA"
>tinha me localizado 
>fui até a saída 
>mas algo me puxa 
>ela me abraça 
>"obrigado.........."
>"muito obrigado......" 
>ela chora 
>eu também 
>continuamos no chão abraçados por quase uma hora 
>não conseguíamos nos separar
>nunca mais a perderia denovo 
>após gastarmos todo o nosso estoque de lágrimas resolvemos sair
>então fomos para a minha casa 
>"eu não achei que você voltaria por mim..."
>"claro que voltaria...."
>deitamos na cama abraçados 
>ela me olha nos olhos e diz 
>"eu te amo..."
>sorrio 
>"eu também" 
>passamos a noite juntos 
>continuamos por alguns dias essa rotina 
>acordávamos 
>íamos ao manicômio 
>conversávamos 
>então dormíamos 
>estava perfeito 
>não podia pedir por mais nada 
>após quatro dias ela me diz 
>"obrigado por tudo nathan.... mas vamos terminar ok?.. desculpa...."
>oque?? 
>"como assim???"
>"eu não tenho mais motivos para ficar aqui, logo vou desaparecer e eu não quero que você veja isso..."
>"como assim... NÃO"
>"nos podendo fazer algo.. se te levar-nos ao manicômio deve ter alguma coisa.. já sei.."
>"tudo bem..." ela diz sorrindo 
>"eu posso pesquisar sobre alguma coisa desse tipo alguém deve saber..."
>"tudo bem..." ela começa a tremer
>"nos podemos ficar juntos não se preocupe eu vou dar um jeito"
>"CHEGA, NÃO TEM JEITO EU JÁ TENTEI TA BOM? NÃO EXISTE NADA QUE NOS POSSAMOS FAZER"
>começo a chorar
>"EU NÃO QUERO ISSO"
>ela também 
>"E POR ISSO QUE EU VOU SAIR AGORA NÃO QUERO QUE VOCÊ ME VEJA DESAPARECER"
>não, não vai ser assim 
>"NÃO, EU TENHO DIREITO DE FICAR COM VOCÊ ATÉ O FINAL, VOCÊ ME DEVE ISSO"
>ela desaba em lágrimas 
>"por favor... eu não posso... me deixe.."
>"não vou deixar..."
>"me esqueça..."
>"não vou esquecer" 
>"eu quero ficar com você até o final..."
>ela aceita com receio 
>é noite 
>estamos sentados do lado de fora de casa no gramado 
>as estrelas iluminavam a noite 
>o rio tocava a música da água 
>mia contava sobre sua vida 
>"eu costumava vir aqui quando era criança.. adorava ver as estrelas.."
>estávamos apoiados um no outro 
>"eu queria ter mais tempo com você..."
>ela me olha e me beija 
>"não se preocupe... amanhã nos vamos acordar e fazer um pa------"
>sua boca se mechia mas não conseguia ouvir 
>"mia sua voz...."
>ela tapa a boca com cara de triste 
>corro até em casa e pego um caderno e uma caneta 
>ouça essa música: https://m.youtube.com/watch?v=2Pfwpddq-LU
>ela escreve conforme eu falo 
>'eu não tenho muito tempo...'
>"é... eu sei"
>'promete não chorar?'
>"oque? claro que não vou!" digo com lágrimas e um sorriso 
>'mesmo?'
>"claro que não! já sou um adulto"
>'eu vou ficar preocupada se você chorar...'
>a imagem dela começa a ficar transparente mas ainda consigo ver suas lágrimas 
>'me prometa que a partir de hoje você vai sair mais e conhecer pessoas novas...'
>ela continua a escrever 
>'me prometa que vai achar alguma garota nova'
>'então você vai gostar dela e ser tão bom quanto você foi pra mim'
>"..... prometo.... pode ser difícil no começo mas eu prometo...."
>'obrigado.....'
>'um último pedido....'
>'esqueça sobre mim'
>começo a soluçar 
>"mia por favor não...."
>'prometa...'
>não contenho meu choro 
>"mia........."
>'você está me deixando preocupada...'
>"tudo bem.... eu vou esquecer de você.... vou achar uma garota e vou amá-la, seguirei minha vida sem você....."
>'obrigado.... muito obrigado'
>'eu te am-'
>a caneta cai
>"MIA NÃO, NÃO AINDA NÃO POR FAVOR"
>caio de joelhos 
>"mia não..."
>então vejo ela denovo mais uma vez 
>ela estava na minha frente 
>ela bota suas mãos no meu rosto e me beija 
>boto minhas mãos sobre o rosto gelado dela 
>nos beijamos até as minhas mãos atravessarem seu corpo 
>mia desaparecera 
>"MIAA NÃO"
>começa a chover 
>não quero sair dali 
>apenas protejo o caderno da chuva 
>as estrelas brilhavam 
>"espero te reencontrar um dia...."
>"me espere até lá, por favor..."
>"acho que não vou conseguir cumprir minha promessa... hahaha desculpa"
>entro em casa 
>lembro de nossos momentos 
>conversas 
>noites 
>então pego o caderno
>escrevo a última coisa nele 
>'eu também te amo'






GT escrito por Nathan Giebmeier. A publicação original pode ser encontrada no grupo GT's 10/10 : https://www.facebook.com/groups/Gts10barra10/permalink/1716659638624452/